As mais de 400 imagens tiradas da superfície do Lutetia possibilitaram
um estudo mais aprofundado deste asteroide que foi descoberto em 1852.
Ele aparentemente é um planetesimal (um bloco rochoso que teria dado
origem a todos os planetas do Sistema Solar). Com isso, ele poderia
fornecer dados sobre a formação da Terra e de nossos planetas vizinhos.
France Presse | ||
Imagem divulgada pela Nasa da superfície do asteroide Lutetia; as mais de 500 imagens foram tiradas em 2010 |
Situado a 450 milhões de quilômetros da Terra, o Lutetia tem cerca de
120 km de comprimento por 100 km de largura. A sua geologia é complexa e
de uma densidade muito elevada para os padrões de um asteroide --a
análise está detalhada na edição da revista "Science" desta semana.
O Lutetia mantém as marcas de um longo passado de colisões: o bombardeio
por asteroides menores criou crateras de vários quilômetros em sua
extensão. Em regiões jovens, como o polo norte, há poeira produzida pelo
impacto de meteoritos e traços de deslizamentos de terra visíveis.
"Este é um objeto completamente seco. Não há traço de hidratação na
superfície, o que quer dizer que, provavelmente, ele foi aquecido em
algum momento [de sua vida]", aponta Erard, responsável francês pelo
espectrômetro da sonda Rosetta, que coletou os dados do Lutetia em julho
de 2010.
A sonda passou no ano passado a 3.142 km da superfície de Lutetia, que
está posicionada no cinturão principal de asteroides entre as órbitas de
Marte e de Júpiter.
Lançada em 2004, a Rosetta tem um encontro em 2014 com o cometa 67/P Churyumov-Gerasimenk.
Da Redação O Arauto Mamanguapense
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