quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Amor x crack: mulher esfaqueada revela que se jogou do carro e diz que ex-marido a torturou por várias horas

Durante entrevista na tarde desta terça-feira (20), ao repórter Emerson Machado da Tv Correio, Jaqueline Calixto Freire Quinho de 33 anos revelou detalhes dos últimos momentos antes de ser esfaqueada pelo ex-marido e cair de um carro em movimento na Rui Carneiro, na semana passada na Capital paraibana.

Ela recebeu alta do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena na tarde de hoje.De acordo com a fisioterapeuta, ela mantinha um relacionamento com o funcionário Público Antônio de Araújo Quinho há 3 anos. Mas, apesar do ex-companheiro ser usuário de drogas, nunca havia expressado sinais de violência contra ela.‘Só soube que ele era viciado em crack, depois que estava apaixonada. Meu amor me fez cegar e quase me levou a morte. Agora tenho ódio dele’

Mesmo afirmando que Antônio era tranquilo, Jaqueline ressaltou que ele era ‘doente’ de ciúmes e não compreendida até mesmo o relacionamento que ela mantinha com os filhos, fruto de um relacionamento anterior.‘Até quando eu ia visitar meus filhos ele reclamava. Eu aceitava muita coisa porque gostava dele demais’.

Jaqueline relembrou também os momentos de terror que passou com o ex-marido, e disse que viu a morte após ser esfaqueada por diversas vezes.‘Nós estávamos separados, mas ele havia me ligado bem doce e dito que queria me ver. Peguei um táxi e fui até a casa dele em Manaíra. Lá, namoramos e tomamos umas cervejinhas. Em seguida, fomos a um barzinho no Cabo Branco e depois a outro em Tambaú, depois voltamos pra casa’.Após o passeio, segundo a fisioterapeuta, o pesadelo começou.

‘Chegamos por volta das 00h30, fui para o quarto deitar, enquanto Antônio recebeu um amigo que lhe trouxe quatro pedras de crack, ao custo de R$ 50. Eles fumaram e o rapaz foi embora. Logo depois o amigo ligou e disse que tinha mais crack. Foi aí que discuti com ele, mas mesmo assim, deixei que consumisse a droga, não adiantava falar mais’.Jaqueline disse que depois da discussão, ela se levantou da cama, para lanchar na cozinha e não percebeu que estava correndo perigo na casa, então voltou a se deitar.

‘Acordei no susto, já com ele em cima de mim, esfaqueando minhas costas. Não entendia nada. Gritava, mas ninguém me ouvia. Fui torturada até às 5h. Ele perguntava se eu o amava, quando dizia que sim, ele me cortava mais’.

Ainda durante a entrevista, ela afirmou que o ex-marido, dizia que ia se matar, foi então que decidiu entrar no carro com Jaqueline e bater com o veículo em algum local ainda não definido por ele.‘Não sei de onde tirei forças, mas entrei no carro, era a única chance que tinha de alguém me ver. Quando ele dobrou na Rui Carneiro, eu abri a porta e me joguei na rua’.Alguns dias após o fato, Antônio Araújo se apresentou a polícia e foi detido e encaminhado ao Presídio do Róger em João Pessoa.Segundo Jaqueline, ainda é cedo para pensar em perdoar.

‘Só estou aqui pra contar a história porque Deus existe. Eu não o perdoo. Hoje eu não perdoo. Quero que a justiça seja feita’, concluiu. 

Da Redação O Arauto Mamanguapense
Com Portal Correio
clenilsonpinto@yahoo.com.br

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