As denúncias formuladas pelo empresário Daniel Cosme contra a prefeitura de João Pessoa e o governador Ricardo Coutinho tem obtido espaço na mídia e nos debates políticos.
O que a Revista Época não diz ou não trouxe ainda para o debate é que todo o processo de acusação de Daniel contra grupo do governador Ricardo leva a assinatura do escritório de advocacia que atua nas campanhas do PMDB.
Nem bem desmontou a estrutura jurídica que funcionou em 2010, o advogado Roosevelt Vita (foto abaixo), ex-secretário de José Maranhão e eterno consultor do grupo, assumiu o compromisso de dar vazão às acusações do empresário Daniel, que diz ser credor de R$ 2,3 milhões da prefeitura de João Pessoa pela venda de livros à Secretaria da Educação Municipal, contra o projeto do PSB.
Ele e os demais integrantes do escritório que atuaram em favor da Coligação do PMDB representam legalmente Daniel desde fevereiro deste ano, conforme procuração exposta abaixo.
O empresário tem encontrado facilidades em divulgar e alimentar sua acusação via oposição. Esteve esta semana na Assembleia Legislativa. É considerado um mártir pelos oposicionistas, que, mirando a campanha de 2012, vêem nas acusações de Daniel um passaporte para o segundo turno.
Ele parece não ter vergonha de transparecer que gosta de ser tratado assim. Ao selar acordo com escritório de advocacia do PMDB, revela que numa guerra é sempre bom escolher o lado pra ficar.
O outro lado
Em contato direto com o blog do Luís Tôrres, o advogado Carlos Fábio Ismael, um dos integrantes dos escritório de Roosevelt Vita, confirma que a banca está advogando para o empresário Daniel Cosme Gonçalves.
Ele esclareceu, no entanto, que a ação é única e exclusivamente de cobrança, sem ter qualquer desdobramento às denúncias que vem sendo feitas pelo empresário contra o governador Ricardo Coutinho e seus aliados políticos.
“Nós não temos nada a ver com essas denúncias feitas pelo Daniel. Representamos o empresário apenas no processo cível de cobrança, em que esperamos da Justiça apenas a determinação de quem vai pagar pelo material vendido à prefeitura, já que entendemos que quem paga mal, paga duas vezes”, disse. Fábio Ismael.
Da redação com Blog do Luís Tôrres
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