Com poucos recursos para manter a família, os pais da recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos, ingressaram com ação cautelar pedindo o sequestro dos bens dos irmãos Eduardo e Luciano dos Santos Pereira. Eles são acusados de promover a barbárie em Queimadas no dia 12 de fevereiro, que culminou no estupro de cinco mulheres e assassinato de Michele e a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27 anos.
A juíza Flávia Baptista Rocha, da 1ª Vara da comarca de Queimadas, recebeu a medida cautelar e deve julgá-la procedente ou não nos próximos cinco dias, em caráter liminar.
Caso o pedido seja julgado procedente, a Justiça poderá promover o leilão de bens dos acusados. Entre outros itens, a polícia descobriu, em posse dos irmãos, uma casa, dois carros importados (em nome de terceiros), uma moto e cavalos de raça.
O advogado da família, Francisco Pedro da Silva, explicou que entrou com o pedido para tentar prover uma indenização às vítimas, pois no caso de Michele, ela era a garantidora do sustento familiar. De acordo com ele, a recepcionista era a principal fonte de renda da casa. “Michele era de família muito pobre e sustentava a casa. O pai é vigilante e a mãe doméstica.Os irmãos Eduardo e Luciano tinham um estilo de vida luxuoso e com posses que podem indenizar a família”, ressaltou.
A Polícia Civil ainda investiga a origem do patrimônio de Eduardo e Luciano dos Santos. Por enquanto nada foi descoberto se os bens são fruto de crimes. “Apenas caso a origem das posses seja ilícita, aí sim, o Ministério Público terá a legitimidade para pedir o sequestro dos bens dos acusados”, explicou o promotor Márcio Teixeira.
Da Redação O Arauto Mamanguapense
Com informações do Jornal da Paraíba
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