Foram
registrados 52 assaltos somente este ano e 53 no ano passado.
Instalação de portas giratórias é uma das ações já previstas.
A direção da Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos está mapeando os pontos de maior risco de
assaltos na Paraíba, para elaborar um plano de segurança e coibir a ação
de bandidos no interior do estado.
Segundo o gerente dos Correios
em Campina Grande, José Leite, as ações foram definidas após quatro
reuniões entre a direção e representantes da Polícia Federal e da
secretaria estadual de Segurança Pública. Somente este ano, 52 agências
foram assaltadas na Paraíba, índice que quase supera as 53 ocorrências
registradas no ano passado. Os casos mais recentes aconteceram na
terça-feira (1), quando bandidos invadiram agências em João Pessoa e
Queimadas.
De acordo com José Leite, o
mapeamento identificou 70 agências consideradas de alto risco, o que
corresponde a quase 30% das 236 agências em funcionamento na Paraíba. Os
pontos vulneráveis estão localizadas em cidades de pequeno porte e que
movimentam grandes quantias de dinheiro. A região Agreste concentra o
maior número de assaltos.
A previsão é que o plano de
segurança seja implantado a partir de janeiro, quando os Correios
passarão a ser correspondentes do Banco do Brasil. Entre as ações
propostas estão a contratação de vigilantes e a instalação de portas
giratórias nas agências consideradas de maior risco, além da
modernização dos equipamentos de vigilância eletrônica. O valor do
investimento não foi divulgado.
Segundo o gerente de segurança
da empresa na Paraíba, Gilberto Moreira, em João Pessoa funciona central
de monitoramento que atende a todos os estados do Nordeste, mas a ideia
é interligar também as agências de menor porte com a transmissão das
imagens em tempo real.
Apesar do grande número de
assaltos, a Polícia Federal descarta que os crimes sejam coordenados por
grupos organizados. “É um crime de oportunidade. A gente não
identificou nenhuma quadrilha organizada. Eles atuam de forma amadora e
com armas de pequeno porte e acreditamos que são pessoas de cidades
maiores, como Campina, que vão atuar em cidades do interior”, avalia
Adriano Moreira, delegado-chefe da PF em Campina.
Da Redação O Arauto Mamanguapense
clenilsonpinto@yahoo.com.br
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