terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mais uma mulher foi vítima do estupro coletivo; irmãos são investigados por homicídios no RJ e assalto a banco na Paraíba

Os dois irmãos que seriam os mentores do crime que chocou a Paraíba esta semana - estupro coletivo de cinco mulheres e assassinato de duas delas - estão sendo investigados pela Polícia Civil por terem cometido um homicídio no Estado do Rio da Janeiro e de envolvimento com assaltos a bancos e em desmanche de carros na Paraíba.

Luciano e Eduardo Santos Pereira prestaram depoimento à polícia civil na manhã desta terça-feira (14) em Campina Grande. Eles são naturais do Estado carioca e moravam em Queimadas há três anos. O padrão de vida com que eles viviam na cidade do interior é que levou a polícia a investigar esses casos.

De acordo com o superintendente regional da polícia civil de Campina Grande, André Rabello, apesar de não declararem renda nem profissão, os acusados levavam uma vida de luxo, com carros modelo I.30, mansões e dinheiro.

A delegada Cassandra Duarte comentou sobre essa vida luxuosa. "Eles tinham um padrão de vida bem elevado, faziam festas, andavam em carros luxuosos e não trabalhavam em nada na cidade de Queimadas. Por isso, vamos investigar para saber a procedência dos bens deles, mas desde já suspeitamos que eles tenham envolvimentos com crimes para aquisição de dinheiro", revelou.

Eduardo, Luciano e os outros acusados serão transferidos na tarde desta terça para o Presídio do Serrotão, em Campina Grande. Já os três adolescentes serão levados a um abrigo provisório.


Frota dos irmãos mostra padrão
Frota dos irmãos mostra padrão de vida elevado






















6º mulher estuprada
Um fato novo que também surgiu nesta terça é que há a suspeita de que uma sexta mulher também teria sido estuprada durante a festa. Até o momento ela nega o fato, mas a polícia vê fortes indícios.

Presente de aniversário

O estupro coletivo era um presente ao dono da casa, Eduardo Santos Pereira, que completava 28 anos. E o principal mentor foi o irmão dele, Luciano.

Os dois, que foram presos no velório das vítimas, serão ouvidos hoje pela delegada titular da Delegacia de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte.

Além deles, mais oito homens foram detidos – entre os quais três adolescentes. Eles já prestaram depoimentos, passaram por acareações e revelaram que os assassinatos não faziam parte do plano.

Entenda o caso

A recepcionista Michele Domingos da Silva, 29, e a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27, foram estupradas e mortas na madrugada do domingo (12) durante uma festa de aniversário no município de Queimadas, no Agreste da Paraíba. Além delas, mais três mulheres foram estupradas.

A informação inicial era de que seis bandidos encapuzados e fortemente armados invadiram a comemoração - que fica na rua César Ribeiro, nº 190 -, amarraram as 15 pessoas que estavam no local e as agrediram, além de estuprarem todas as mulheres.

Os "assaltantes" fugiram levando duas mulheres, R$ 5 mil do dono da residência e uma Picape de um participante da festa. A recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, conseguiu pular do veículo em movimento, mas os acusados pararam o carro e a executaram na lateral de uma igreja católica. Já a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27 anos, foi amarrada e, em seguida, executada.

Logo após, a polícia descobriu que os crimes teriam sido planejados pelos próprios donos da residência onde acontecia a festa de aniversário. Dez suspeitos - dentre eles, três adolescentes - foram detidos.

Da Redação O Arauto Mamanguapense
com portal Correio
clenilsonpinto@yahoo.com.br

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