segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Coreia do Norte testa míssil no dia de anúncio da morte de ditador, diz Sul Autoridade sul-coreana diz não acreditar em ligação entre teste e anúncio. Japão se prepara para o inesperado e teme instabilidade regional.


A Coreia do Norte testou dois mísseis de curto alcance na costa leste nesta segunda-feira (19), no dia em que a morte do líder Kim Jong-il foi anunciada, informou a mídia sul-coreana.
A agência de notícias da Coreia do Sul Yonhap disse que uma autoridade do governo sul-coreano não acreditava que havia uma relação entre os dois lançamentos de mísseis e a morte de Kim.

"A Coreia do Norte procedeu a um lançamento de teste de mísseis de curto alcance nesta segunda-feira. Este lançamento foi acompanhado de perto por nossas autoridades militares", informou à Yonhap essa fonte anônima do governo sul-coreano.

"Estes mísseis têm um alcance de 120 km. Achamos que a Coreia do Norte realizou estes testes para melhorar a eficácia e o alcance dos mísseis. Não vemos nada além do que testes", afirmou a fonte.
O ministério da Defesa da Coreia do Sul, no entanto, negou-se a confirmar essa informação.
O míssil caiu no mar, em uma zona da costa que não foi especificada, segundo a fonte oficial sul-coreana citada pela agência.

'Instabilidade regional'

O Japão se preparava para o inesperado depois da notícia da morte de Kim Jong-il.
"Eu emiti três ordens, que são para fortalecer nossa capacidade de reunir inteligência, cooperar com autoridades dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e da China, e estar prontos para enfrentar o inesperado", disse o primeiro-ministro Yoshihiko Noda a jornalistas.
"Não podemos permitir que a morte de Kim prejudique a paz e a estabilidade na península coreana."

Imagem reproduzida de vídeo mostra norte-coreanos prestando homenagens a Kim Jong-il em frente a um grande mural retratando ele e o pai, Kim Sung Il, em Pyongyang (Foto: AP/APTN) 
Imagem reproduzida de vídeo mostra norte-coreanos prestando homenagens a Kim Jong-il em frente a um grande mural retratando ele e o pai, Kim Sung Il, em Pyongyang 
 
Ministros que estavam reunidos para discutir questões de segurança nesta segunda-feira não chegaram a uma conclusão sobre se o nível de alerta deveria ser aumentado para as forças militares japonesas.

"Dei ordens para que cada departamento dentro do ministério faça o máximo para coletar informações e se manter vigilante e atento", disse o ministro da Defesa, Yasuo Ichikawa, segundo o porta-voz do ministério.
Kim morreu de um ataque cardíaco no sábado (17) enquanto viajava de trem, de acordo com a mídia estatal nesta segunda-feira. A morte levanta o temor sobre quem irá comandar o país e seu polêmico programa nuclear.

Kim Jong-un, filho mais jovem de Kim Jong-il, foi apontado pela agência estatal de notícias KCNA como "grande sucessor" de seu Pai.

Da Redação O Arauto Mamanguapense
clenilsonpinto@yahoo.com.br

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