quarta-feira, 16 de maio de 2012

REFLEXÃO A FAMÍLIA: POR DR. LAUTÔNIO LOUREIRO

* FAMÍLIAS,LEIAM E REPASSEM.* 

> *Relato da EX-PAQUITA PATRÍCIA do programa da XUXA .
>
> *Meu nome é Patrícia, e encontro-me no momento quase sem
> forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que
> será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:
>
> Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média
> alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e
> procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem
> e melhor,inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.
>
> Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a
> Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas
> Paquitas
> do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência
> Elite em São Paulo.
>
> Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde
> passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha
> todos os garotos do colégio aos meus pés.
>
> Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas
> amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas,
> física e mentalmente.
>
> Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em
> outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
> Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau,
> achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
>
> À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão
> Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação
> de gente era "trimaneira''.
>
> Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o
> Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia
> e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
>
> Que sensação legal curti a noite inteira
> 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP
> numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor
> não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não
> percebiam.
>
> Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico,
> numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar.
> Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de
> liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal
> estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de
> S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia
> eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no
> sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap'
> dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada
> ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
>
> No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com
> nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita,
> de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei
> novamente.
> O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó
> branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele
> dia.
> Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia
> a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu
> novamente deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
> Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me
> envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente
> química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu
> cotidiano.
>
> Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo,
> experimentei cocaína misturada com um
> monte de porcaria.
>
> Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela
> ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o
> sangue que cada um cedia para diluir o pó.
>
> No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a
> galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$
> 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a
> boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.
>
> Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às
> vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira
> e depois... farra!
>
> O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no
> início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha
> vida...
>
> Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas...
> Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas
> com uns velhos que pagavam bem.
> Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir
> dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui
> internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
> Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o
> quadro.
> Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando
> novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.
>
> Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que
> havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de
> relações sexuais muitas vezes sem camisinha.
>
> Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais
> para transar sem camisinha.
>
> Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família,
> amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.
>
> Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.
>
> Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo.
> Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não
> podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração
> peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
> Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde
> demais pra mim.
>
> OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de
> Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a
> comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que
> escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da
> AIDS.
>
> Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
>
> POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE ENVIEM ESSA CARTA A
> TODOS...SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI
> ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM!!!

Da Redação O Arauto Mamanguapense
clenilsonpinto@yahoo.com.br

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