Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias
(Embrapa) entram em greve nacional hoje. A decisão dos funcionários foi
tomada em assembleias realizadas em todas as unidades da empresa após a
Embrapa não avançar nas negociações com o sindicato da categoria.
Greve
Em
assembleia realizada nos dias 21 e 22 de junho, a categoria deliberou
pela greve a partir de hoje. “O importante é que se faça agora um
movimento unitário em nível nacional para que possamos convocar a
Embrapa e o governo para sentar à mesa e avançarmos nas propostas
sociais e econômicas e na garantia dos direitos sociais conquistados,
afirmou Vicente Almeida, presidente do SINPAF.
Segundo o SINPAF
Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento
Agropecuário, “importantes cláusulas econômicas e sociais permanecem com
impasse. Mesmo após cinco rodadas de negociação, o Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT) entre o SINPAF e a Embrapa não avançou em quase nada.
Apenas 31 das 87 cláusulas apresentadas pelos trabalhadores foram
completamente acordadas, mas apenas mantendo a redação do acordo
vigente.
Ainda segundo o SINPAF, a nica entre elas que representa
pequeno avanço é a cláusula terceira, que diminuiu de 15 para 10 dias
(prorrogáveis por mais 10) o prazo para que a empresa preste
esclarecimentos aos trabalhadores e ao sindicato sobre possíveis
descumprimentos do acordo. A pauta do acordo foi entregue pelo SINPAF em
15 de fevereiro.
Há 20 cláusulas acordadas parcialmente, das
quais somente dois parágrafos são novos. O total de cláusulas não
acordadas chega a 35, somando os itens econômicos e sociais. No caso dos
salários (cláusula quarta), a Embrapa manteve a proposta de reajuste
zero acima da inflação.
O SINPAF exige 5% sobre a correção pelo Índice
de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação, para que haja ganho
real efetivo.
Condições de trabalho
Cláusulas
que incidem diretamente sobre o bem-estar e as condições de trabalho na
Embrapa, também chamadas de clausulas sociais, seguem pendentes. Na
cláusula 22ª, por exemplo, que trata do plano de assistência médica dos
trabalhadores da empresa, não houve avanço.
A mesma situação é
verificada nas cláusulas que tratam do Assédio Moral (46ª), Advertência e
Punições (47ª), Redução de Jornada (36ª), Licença para Atividades
Culturais e Educativas (62ª), Liberação em dia de Pagamento (57), Quadro
de Pessoal (50), Qualidade de Vida em campos Experimentais (85ª),
Auxílio creche (27ª), Auxílio educação (29ª), Licença paternidade (61ª),
Licença por Adoção (64ª), entre outras.
No que se refere à
organização sindical, a Embrapa também não sinalizou avanço. Pelo menos
três clausulas que tratam do tema, como representação sindical (70ª),
direito à assembleia (71ª) e liberação para atividades sindicais ou
sociais (72ª) não foram pactuadas no ACT.
Outro tema que merece
destaque é a democratização na gestão da empresa, como a cláusula que
trata da representação sindical no Comitê Técnico Interno (CTI). Além
disso, a Embrapa não aceitou três clausulas novas sugeridas pelo
SINPAF,entre elas a que trata da participação de representantes dos
trabalhadores nos principais colegiados que atuam no Sistema de Gestão
Estratégica da empresa, como o Conselho Assessor Nacional (CAN), o
Comitê Gestor de Estratégias (CGE) e o Comitê Gestor da Programação
(CGP).
Da Redação O Arauto Mamanguapense
Com Portal Correio
clenilsonpinto@yahoo.com.br
oarautomamanguapense@gmail .com
Nenhum comentário:
Postar um comentário