Em
1993, uma área de uma margem de lago remanescente do período neolítico,
que ocupava uma ilha artificial perto da Aldeia de Dispilio, no Lago
Kastoria, o professor George Hourmouziadis e sua equipe, desenterraram a
Tábua de Dispilio, um tablete de madeira que contem símbolos (charagmata). A tábua foi datada pelo processo de carbono 14, como sendo de 7300 anos atrás, ou 5260 AC.
Em
fevereiro de 2004, durante a revelação da descoberta da Tábua para o
mundo, Hourmouziadis alegou que o texto gravado na tábua não podia ser
publicado facilmente, devido ao fato de que ele iria desafiar a atual
história da origem da escrita e da fala articulada, representadas por
letras ao invés de ideogramas, dentro das fronteiras da Grecia antiga,
como também da Europa.
De acordo com o Professor de Arqueologia
Préhistórica da Universidade Aristóteles de Thessaloniki, os símbolos
sugerem que a atual teoria de que os gregos antigos receberam seu
alfabeto de uma civilização antiga do Oriente Médio (Babilônios,
Sumérios, Fenícios, etc.) não consegue fechar a lacuna histórica de
4000 anos. Esta lacuna significa o seguinte: enquanto as civilizações
orientais antigas usavam ideogramas para se expressar, os gregos antigos
usavam sílabas de forma similar a que usamos hoje no ocidente.
Hoje,
a teoria histórica aceita e ensinada no mundo todo, sugere que os
gregos antigos foram ensinados a escrever pelos fenícios, por volta de
800 AC. Porém, uma questão emerge entre os estudiosos: Como é possível
para a língua grega ter 800.000 palavras, sendo classificada como a
primeira língua entre todas as conhecidas no mundo, enquanto a segunda
colocada contém somente 250.000 palavras? Como é possível para os
Poemas Homéricos terem sido produzidos em 800 BC, quando é justamente
essa a época alegada em que os gregos aprenderam a escrever? De acordo
com uma pesquisa linguística dos Estados Unidos, seria impossível para
os gregos antigos escreverem esses trabalhos poéticos sem terem tido uma
história comprovada de escrita, por pelo menos 10.000 anos. .
A
tábua é 2.000 anos mais velha do que os escritos achados da era dos
Sumérios, e 4.000 anos mais velha do que as escritas lineares da
Creta-Messênica.
De acordo com as declarações de Hourmouziadis em
1994, os sinais escritos na tábua não representam a figura humana, o Sol
e a Lua, ou outros ideogramas geralmente representados. Na verdade,
eles mostram sinais que indicam ser um resultado de processos
cognitivos.
A tábua foi parcialmente danificada quando exposta ao
ambiente rico em oxigênio fora da lama e água em que esteve submersa por
um longo período, e agora está sob conservação. Uma publicação
acadêmica completa da tábua provavelmente será concluída quando for
terminado o trabalho de conservação da mesma.
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